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09:52 |

A tecnologia pode contribuir para um planeta sustentável?

Sustentabilidade, consumo responsável, defesa do meio ambiente: quantas vezes não ouvimos e lemos essas palavras em nosso dia-a-dia? Entende-se a razão: o planeta se encontra no limite da exaustão, com um modelo de sociedade que está em ritmo acelerado de degradação.

Buscam-se soluções, mas os discursos meramente mercadológicos por vezes se revestem de verde e empobrecem a discussão.
Diante desse cenário, uma reflexão: de que maneira a tecnologia pode contribuir para uma sociedade sustentável, se é que isso é possível? É viável o casamento entre o digital e o sustentável? Essa junção pode provocar mudanças substanciais nas relações econômicas e apontar novos horizontes para o planeta?
Um dos debates de hoje do MaxiMídia – moderado por Pyr Marcondes, do Grupo Meio & Mensagem -, tratou exatamente desse tema. E ficou o claro o embate de duas visões sobre o tema, embora haja pontos de concordância entre elas .
O otimista
Fred Gelli, sócio-diretor de criação da Tátil Design de Ideias, é do grupo que acredita e defende uma “revisão profunda” das relações econômicas, de modo a reduzir a produção de resíduos, poluentes e por aí vai. E diz que a tecnologia pode ajudar muito nesse processo. Ele vê essa mudança em curso e crê que as novas gerações serão a força propulsora da transformação.
Gelli é um otimista.
“A tecnologia traz ideias que podem se adequar perfeitamente aos novos anseios das pessoas por um mundo sustentável, com reflexos diretos na economia”, afirma Gelli, que é formado design industrial e desenvolve projetos de design e marcas.
Um dos pilares disso, afirma, é a “substituição dos átomos por bits”, num processo descrito por ele como a “desmaterialização” da economia, com ascensão de novos produtos e linhas de negócios digitais, que teriam impacto ambiental bem menor. Exemplo simples e prático: a crescente tendência de substituição de CDs (mídia física) por arquivos digitais.
Se no que se refere ao consumo de informação – entendida aqui num contexto mais amplo – a desmaterialização é mais fácil e até viável, o que dizer se setores como vestuário ou linha branca, entre tantos outros? A impossibilidade nesses casos não derrubaria a tese? “Há setores em que de fato isso é mais difícil. Mas o uso da tecnologia para redução de consumo de energia é perfeitamente possível”, defende.
O cético
O outro debatedor do painel do MaxiMídia, Fábio Gandour, cientista-chefe da IBM, é mais ácido. A conversa sobre o tema pode ser até depressiva, diz ele.
Gandour é um cético.
“Não acredito nessa história de casamento entre high tech e high green”, disse em sua apresentação , referindo-se ao tema do painel, na tarde de hoje, no WTC, em São Paulo. “O meu ceticismo em relação a isso deve-se ao modismo que permeia o assunto”.
Para ele, o blábláblá marqueteiro é um risco e esconde o xis da questão: a necessidade de revisão de nosso estilo de vida, a forma como vivemos.
“Adoto, na minha vida pessoal há muitos anos, uma atitude economicamente responsável. E vejo como isso é difícil… Agir de modo ecologicamente responsável é uma necessidade, mas falar em ‘green’ é moda”.
Se a situação continuar no ritmo atual, recurso naturais não serão suficientes
Se a situação continuar no ritmo atual, recurso naturais não serão suficientes
O ponto nevrálgico, para Gandour, passa pela sociedade de hiperconsumo. Temos todos vários pares de sapatos, e não o mandamos mais para os sapateiros (alguém lembra dessa figura?) quando ficam velhos. Temos vários ternos, bugigangas de toda a ordem e não abrimos mão dos carros.
Quem o ouve falar dessa maneira deve achar que de fato Gandour não crê no apoio da tecnologia para um modelo de sociedade sustentável, o que soa ainda mais estranho tratando-se de alguém é de tecnologia.
Mas Gandour acredita, sim, nos benefícios que a tecnologia pode proporcionar ao planeta, como ficou claro na conversa que mantive com ele depois do painel. O que ele faz é relativizar esse poder.
Sua intenção ao realçar o discurso do ceticismo é marcar o contraponto com os excessos do marketing e levar a discussão para outro patamar.
Ele vê como uma contribuição efetiva por parte da tecnologia a “desmaterialização da economia” e a “substituição dos átomos pelos bits”, por exemplo.
A questão principal, no entanto, é a necessidade de uma reeducação da sociedade, no sentido de que as pessoas aprendam a discriminar atitudes ecologicamente saudáveis e frear consumo exacerbado.
Nesse ponto, Gelli também está plenamente de acordo. “É preciso uma revisão profunda de nosso modelo de sociedade”.
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  • Tecnologia Sustentavel e natureza!
  • A tecnologia virou sinônimo de inovação na cadeia produtiva e tornou-se uma varinha de conto de fadas. Para criar tecnologia é imprescindível o uso dos nossos recursos naturais não renováveis e a sabedoria consiste em usar tais recursos com parcimônia ou o que convencionamos chamar de uso sustentável. A pior parte desta evolução sempre foram os chamados dejetos, as sobras desta cadeia produtiva que se amontoam em nossa bioesfera, fragilizam o nosso pequeno planeta e ninguém quer. Na verdade ninguém quer viver sem tecnologia, ninguém quer viver no meio lixo, e partindo desta contradição nos autointitulamos de conservadores ou naturalista, mas nãó é fácil ficar energia, ficar sem combustível, não utilizar diversos produtos que não são biodegradáveis ou conviver com produtos ineficients só porque não poluem o meio ambiente. Temos uma dependência crônica de produtos inovadores e que de alguma forma são poluentes, esquecemos que na sociedade moderna se tornam obsoletos e que precisam de um destino. Por ironia o primeiro mundo exporta sua lixeira para o terceiro mundo e critica o crescimento econômico copiado de suas próprias fronteiras.
    A tecnologia é uma ferramenta e a solução é o emprego responsável para o que se destina.

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